quarta-feira, 25 de abril de 2007

ataúde


digam

ao meu amado

se eu morrer

estás perdoado

avise

para que brade em festa

ao se consumar minha morte

amor por ele ainda resta

mostre

minha face no ataúde

amor sem ser o meu

que ao teu corpo ilude

mas não ao coração

que se fará em sangue

quando me ver no caixão

sem os olhos de diamante

andarei de mãos dadas com a morte

jogada a minha prórpia sorte

à luz cega do dia

voltaria

atras para que eu vivesse

nunca seria capaz de outro amor

lhe dar o conforto que a morte me traz

a noite ele chora de arrependimento

queimando como a fenix

levado pelo vento

triunfante o amor vence

venha

meu amado dar-me a mão

não com a felicidade terrena

mas unificados no caixão!

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