domingo, 27 de abril de 2008

O norte e o sul

O norte e o sul

Vim do mais profundo do inferno,

Do mais seco e tempestuoso deserto

Da mais gelada e escura água

Sou teu rio que corre e acalma

Sou a onda que vem sem ninguém ver

Que causa os maiores estragos

Eu sou o navio e o naufrágio

Sou aquela que você deve amar!

Sou o rock'n'roll e as drogas

Sou o medo que te devora

Sou o nascer do sol e o luar...

Eu sou o olhar e o beijo

Trago comigo a repulsa e o desejo

Sou um dia de outono e chuva

Sou a enfermidade e a cura!

Sou a poesia, a canção e o estribilho

Sou o refrão, o ritmo, a escuridão e o brilho

Eu sou o ouro, o diamante,

O choro, eu sou o sangue

Sou cada célula, sou cada artéria

Sou a ironia, a covardia, a coragem e a pilhéria

Eu sou a poesia, sou o azul

Sou o que bate dentro de cada um

Sou o oeste, o leste, o norte e o sul...

Sou o despertar, o anoitecer, sou o nada e o nenhum

Sou o tudo, o mundo, o universo e a lua

Sou qualquer coisa, qualquer canção

A mais estranha invenção,

Por que fui feita, nunca perfeita, mas pra ser só tua.

Primavera

Primavera

O orvalho, a lágrima e o aloe vera

Nesta estúpida natureza que se dilacera

E no mar sua morte resulta

Numa heresia santa e pura

E corre, veloz mundo afora

Alguém que o véu encobre, alguém que chora

E é impossível não se perder

Na perdição do amor ao morrer

E que repitam que a onda tortura

A areia em sua escultura

E derruba seus sonhos moldados

Com frases e versos nunca escritos, nunca imaginados...

O devaneio da morte é a vida

E o intervalo de respeito entre est'elo

Uma imagem de dèja vu, uma foto antiga

Um beijo da vida, um beijo sincero

Mas o orvalho, a lágrima e o aloe vera

Nesta estúpida natureza se dilacera

De primavera em primavera

domingo, 17 de fevereiro de 2008

Apenas um instante

me encontrei no caminho,
perdida entre pedras e espinhos,
e o perfume da primavera,
vem da palavra mais sincera,
do vento mais perturbador,
do mais alto lamento,
das asas do vento,
dos anjos do amor.

perdida entre sonhos, desejos,
cenas de novela, milhões de devaneios,
é tanto amor e fascinação,
trazido pela deusa que tem o mundo nas mãos,
que cada coração se perde,
cada palavra intangível, inerte,
acontece no silêncio do romance,
e eu te peço apenas um instante.

segunda-feira, 17 de setembro de 2007

O brilho das estrelas;

um coração que fere a si mesmo
é um coração que perde tempo
mas na humildade se eterniza;
não importa pra onde for
o vento vai me levar
o teu sorriso me conquistou
tenho certeza que brilha de amor
quando te vejo, meu olhar;
o mundo lá fora
parece ser tão down
passa um século, passa uma hora
e não há nada de anormal
se o mesmo tempo durarem
as coisas se eternizam por sua intensidade
enquanto as estrelas brilharem
meu amor vai ser verdade
e anos-luz depois
elas ainda vão brilhar
assim como nós dois
nossas retas, luzes, vão se encontrar

quarta-feira, 5 de setembro de 2007

Quando eu te perdi

te perdi por pura covardia,
perdi, a única coisa da vida que eu queria
que eu quero, anseio, preciso
perdi pras tuas lágrimas o próprio sorriso
perdi a vontade de amar
perdi tudo como alguém que não sabe voltar
que nunca poderá voltar de seu mundo fútil e infantil
perdi vc, isolada na solidão de um covil
isolada na sombra dos passos
condenada como os refletores sem vida, baços
perdi toda a melodia
e perdi também todo o motivo e razão
perdi tudo num único raio de destruição
te perdi, por pura covardia
o orvalho, a lágrima e o aloe vera
nesta estupida natureza que se dilacera
e no mar sua morte resulta
numa heresia santa e pura
e corre, veloz mundo afora
alguem que o véu encobre, alguem que chora
e é impossivel nao se perder
na perdição do amor ao morrer
e que repitam que a onda tortura
a areia em sua escultura
e derruba seus sonhos moldados
com frases e versos nunca escritos, nunca imaginados...
o devaneio da morte é a vida
e o intervalo de respeito entre est'elo
uma imagem de deja vu, uma foto antiga
um beijo da vida, um beijo sincero
mas o orvalho, a lágrima e o aloe vera
nesta estupida natureza se dilacera
de primavera em primavera

sábado, 25 de agosto de 2007

Oiapoque a Chuí 2

eu vou te procurar
até os confins da estalactite
vou te pedir pro mar
fazer promessa em Recife
eu vou te trazerda via láctea um cometa
e no céu vai brilharo meu amor, milhoes de estrelas
e vai ser recíproco
o meu sangue o teu sangue
num sorriso ambíguo
vc me dá seu anel de brilhante
eu vou sentir teu toque
em cada pele q minha pele sentir
nem q for pra te buscar
de oiapoque a chuí