segunda-feira, 17 de setembro de 2007

O brilho das estrelas;

um coração que fere a si mesmo
é um coração que perde tempo
mas na humildade se eterniza;
não importa pra onde for
o vento vai me levar
o teu sorriso me conquistou
tenho certeza que brilha de amor
quando te vejo, meu olhar;
o mundo lá fora
parece ser tão down
passa um século, passa uma hora
e não há nada de anormal
se o mesmo tempo durarem
as coisas se eternizam por sua intensidade
enquanto as estrelas brilharem
meu amor vai ser verdade
e anos-luz depois
elas ainda vão brilhar
assim como nós dois
nossas retas, luzes, vão se encontrar

quarta-feira, 5 de setembro de 2007

Quando eu te perdi

te perdi por pura covardia,
perdi, a única coisa da vida que eu queria
que eu quero, anseio, preciso
perdi pras tuas lágrimas o próprio sorriso
perdi a vontade de amar
perdi tudo como alguém que não sabe voltar
que nunca poderá voltar de seu mundo fútil e infantil
perdi vc, isolada na solidão de um covil
isolada na sombra dos passos
condenada como os refletores sem vida, baços
perdi toda a melodia
e perdi também todo o motivo e razão
perdi tudo num único raio de destruição
te perdi, por pura covardia
o orvalho, a lágrima e o aloe vera
nesta estupida natureza que se dilacera
e no mar sua morte resulta
numa heresia santa e pura
e corre, veloz mundo afora
alguem que o véu encobre, alguem que chora
e é impossivel nao se perder
na perdição do amor ao morrer
e que repitam que a onda tortura
a areia em sua escultura
e derruba seus sonhos moldados
com frases e versos nunca escritos, nunca imaginados...
o devaneio da morte é a vida
e o intervalo de respeito entre est'elo
uma imagem de deja vu, uma foto antiga
um beijo da vida, um beijo sincero
mas o orvalho, a lágrima e o aloe vera
nesta estupida natureza se dilacera
de primavera em primavera