segunda-feira, 7 de maio de 2007

minha doce verdade

Sim, sim, estou morta
Lamentando-me ainda uma perda de alguém que eu não amava
Por favor, entre e feche a porta
E esqueça as palavras repetidas que em meus caminhos encontrava
Busco inspiração no mais profundo de teu olhar
Mas nada do que eu profane é novo na Terra fria
Palavras que em versos mostram que além de amar
Há muito mais nestes olhares de vagas, que a solidão esvazia...
Produzidas pela ação do vento
Minhas vagas me levam e deixam após
Meu vale além das lagrimas onde estou morrendo
Então feche a porta— fiquemos a sós
Antes que o veneno tome conta de mim
E uma catastrófica cena exiba a ultima visão antes do fim
Fim de meus dias — fito teus olhos de soslaio
Ah, preciso dizer que te amo, Caio!!
E agora me deixe morrer
Em teus braços, que nunca tive ao menos teus abraços
E devorada pela imensidão tão intensa
Me entorpeço, e enlouqueço, sentindo tudo e nada além de qualquer crença
Ah, como sentir isso por ti que nunca beijei?
Sei que serás meu, pra sempre, fundiremos nossas duas almas
Escrevo desonras e desconsagro toda a humanidade?
Anuncio às vagas que me acalentam e acalmam
Pois saibas que prefiro a morte a omitir minha doce verdade

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