domingo, 27 de abril de 2008

Primavera

Primavera

O orvalho, a lágrima e o aloe vera

Nesta estúpida natureza que se dilacera

E no mar sua morte resulta

Numa heresia santa e pura

E corre, veloz mundo afora

Alguém que o véu encobre, alguém que chora

E é impossível não se perder

Na perdição do amor ao morrer

E que repitam que a onda tortura

A areia em sua escultura

E derruba seus sonhos moldados

Com frases e versos nunca escritos, nunca imaginados...

O devaneio da morte é a vida

E o intervalo de respeito entre est'elo

Uma imagem de dèja vu, uma foto antiga

Um beijo da vida, um beijo sincero

Mas o orvalho, a lágrima e o aloe vera

Nesta estúpida natureza se dilacera

De primavera em primavera

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