Primavera
O orvalho, a lágrima e o aloe vera
Nesta estúpida natureza que se dilacera
E no mar sua morte resulta
Numa heresia santa e pura
E corre, veloz mundo afora
Alguém que o véu encobre, alguém que chora
E é impossível não se perder
Na perdição do amor ao morrer
E que repitam que a onda tortura
A areia em sua escultura
E derruba seus sonhos moldados
Com frases e versos nunca escritos, nunca imaginados...
O devaneio da morte é a vida
E o intervalo de respeito entre est'elo
Uma imagem de dèja vu, uma foto antiga
Um beijo da vida, um beijo sincero
Mas o orvalho, a lágrima e o aloe vera
Nesta estúpida natureza se dilacera
De primavera em primavera
Nenhum comentário:
Postar um comentário